Ser jornalista não é fácil. Várias vezes criticados por divulgarem (in)verdades, são os primeiros a ser criticados quando as coisas correm mal. Por outro lado, quando descobrem informações confidenciais e relevantes, é raro atribuir-lhes o devido mérito. Por isso, não é de surpreender que o jornalismo de investigação esteja em decadência e que, por outro lado, seja cada vez mais fácil atacar o jornalista.
Foi isso o que aconteceu esta quinta-feira, 7 de novembro, com a agravante do crítico, neste caso, ser o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Trump chateou-se com o eventual desenlace de uma pergunta de um jornalista da "CNN", que nunca chegou a ser terminada. Rapidamente, mandou-o calar e exigiu que se sentasse. Este ainda tentou continuar o seu interrogatório, uma vez que não tinha terminado, mas tal não lhe foi permitido. Pese embora o esforços do jornalista, que chegou a baixar o braço da rapariga responsável pelo microfone, enquanto esta tentava tirá-lo das suas mãos, este não conseguiu terminar de falar.
A questão não se coloca se o presidente norte-americano tinha ou não razão em atacar o jornalista. O que não pode (ou não deve) fazer é impedir alguém - a quem tinha dado autorização para falar - de terminar a sua questão. Pior, a Casa Branca não pode reagir a uma situação destas, acusando o jornalista de atos agressivos com uma empregada, sendo que as imagens comprovam que não houve violência envolvida.
Neste caso, se não quiser responder tem solução: recusa a tecer comentários, mas deixa o jornalista terminar a pergunta. O jornalista não é perfeito. Erra. Mas, tal como tem os seus deveres, também tem os seus direitos. Uns que muitas vezes são esquecidos.
Foi isso o que aconteceu esta quinta-feira, 7 de novembro, com a agravante do crítico, neste caso, ser o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Trump chateou-se com o eventual desenlace de uma pergunta de um jornalista da "CNN", que nunca chegou a ser terminada. Rapidamente, mandou-o calar e exigiu que se sentasse. Este ainda tentou continuar o seu interrogatório, uma vez que não tinha terminado, mas tal não lhe foi permitido. Pese embora o esforços do jornalista, que chegou a baixar o braço da rapariga responsável pelo microfone, enquanto esta tentava tirá-lo das suas mãos, este não conseguiu terminar de falar.
A questão não se coloca se o presidente norte-americano tinha ou não razão em atacar o jornalista. O que não pode (ou não deve) fazer é impedir alguém - a quem tinha dado autorização para falar - de terminar a sua questão. Pior, a Casa Branca não pode reagir a uma situação destas, acusando o jornalista de atos agressivos com uma empregada, sendo que as imagens comprovam que não houve violência envolvida.
Neste caso, se não quiser responder tem solução: recusa a tecer comentários, mas deixa o jornalista terminar a pergunta. O jornalista não é perfeito. Erra. Mas, tal como tem os seus deveres, também tem os seus direitos. Uns que muitas vezes são esquecidos.
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