Aumento do emprego também elevou níveis salariais

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Portugal já tem mais de 4.9 milhões de empregados. Por si só, essa será uma boa notícia. Mas, segundo Vieira da Silva, ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, não foi só o número de trabalhadores que aumentou.

"Felizmente, nos dois últimos anos, quer em matéria de crescimento económico, mas sobretudo em matéria de emprego, Portugal registou dos níveis mais elevados de crescimento de toda a União Europeia. Quando há mais emprego, há também uma tendência quase inevitável de correção em alta dos salários", sustentou Vieira da Silva em São Bento, depois de uma reunião entre o primeiro-ministro, António Costa, o secretário-geral da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES), o italiano Luca Visentini, e os líderes da CGTP-IN, Arménio Carlos, e da UGT, Carlos Silva.

Após o encontro, o ministro também elogiou a elevação do salário mínimo. "Algo que faz parte do pilar europeu dos direitos sociais e que é também uma reivindicação dos sindicatos europeus". "Essa preocupação tem de estar no centro das nossas atenções, mas podemos registar como facto gerador de confiança para o futuro que Portugal tem percorrido um caminho de aproximação e não de divergência face à União Europeia", acrescentou.

Para Vieira da Silva, a evolução verificada nos últimos anos já permite a Portugal encarar os países mais desenvolvidos com outros olhos e pensar em reduzir as diferenças do nível salarial em relação ao "topo" da Europa.

"Existem países com níveis de rendimento e salariais mais elevados e outros com níveis menores do que Portugal. O nosso objetivo não é olhar para os que têm rendimentos inferiores, apesar de fazerem parte da mesma Europa do que nós, mas reduzir os diferenciais e convergir com a Europa".

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