"Aumentar o salário mínimo não prejudica o emprego", afirma prémio Nobel


Não é a primeira notícia do género. Mas, para aqueles que ainda não acreditam, Joseph Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001, procurou dissipar quaisquer dúvidas. Segundo o economista norte-americano, o aumento do salário mínimo tem um impacto "insignificante ou até mesmo positivo" no emprego.

Foi em Madrid, durante uma conferência de imprensa organizada pela Mastercard e na qual Joseph Stiglitz discursou, que o norte-americano aplaudiu a medida do estado espanhol em aumentar o salário mínimo em 165 euros, o que representa uma subida de 22%. Deste modo, a partir de 2019 o valor mensal em Espanha passa a ser de 900 euros.

Esta decisão provocou forte contestação por parte do Banco de Espanha, que acredita que o país vai perder cerca de 150 mil postos de emprego. Para o prémio Nobel, tal não podia estar mais errado. “Os dados são impressionantes. Aumentar o salário mínimo não prejudica o emprego”, diz Stliglitz citado pelo "El País", justificando a sua opinião com “centenas de estudos” realizados nos Estados Unidos.

Em Portugal, a partir do próximo ano, o salário mínimo vai ser de 600 euros. Este aumento corresponde a 20 euros, ou seja 3,4% de acréscimo. Já na mudança de ano de 2017 para 2018, o salário mínimo subiu dos 557 para os 580 euros - um crescimento de 4%. As últimas notícias indicam mesmo que Portugal tem beneficiado de um aumento de empregabilidade.

Analisando as leis de mercado, a resposta é simples: maior salário mínimo, corresponde a um maior poder de compra. Logo, reúnem-se condições para um aumento da presença de multinacionais, que se traduz em mais cargos emprego.

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